segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Discutiam com frequência por motivos bobos, ou às vezes, até sem motivo. Mas apesar disso ele nunca levantou a voz ao falar sério com ela, a única vez que o fez, ela chorou, ele odiou. Geralmente a saudade ou o amor, em menos de uma hora, acabava obrigando um dos dois a, de um jeito ou de outro, mostrar que estava tudo bem novamente, afinal, um não vivia sem o outro. Em compensação, quando estavam brincando brigavam mil vezes. Ele mordia ela, pra se vingar ela o arranhava, ele fingia fugir, ela corria atrás, pulava o mais alto que podia e se agarrava as costas dele como uma criança. Numa dessas falsas brigas ele chegou a erguê-la quase que de ponta cabeça, e em outra ocasião, até jogou água nela. Mas tudo isso entre risos sorrisos e gargalhadas, e até os vizinhos podiam perceber a felicidade, a loucura e a paixão do casal que morava ao lado. Mais nem tudo isso dura pra sempre. Os dias vividos a dois provaram que a eternidade é só um instante! 
Laís Nunes

Nenhum comentário:

Postar um comentário